quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Primeiros Passos - Bastante Disciplina... e Atenção que você Consegue!! Boa Aula!!


Ser bom em alguma coisa (especialmente em Bateria), geralmente não é fácil. Isso pode, às vezes, ser frustrante porque sua cabeça quer tocar coisas que seus músculos não conseguem. É aí que entra a paciência e a dedicação. Às vezes, você precisa repetir exaustivamente um exercício até que ele fique correto. Se você quer ficar bom, tem que PRATICAR!


Se você não tem o instrumento em si, a bateria, não há problema porém sua dedicação e vontade deverão ser dobrados uma vez que você não estará aplicando o aprendizado no próprio instrumento. Eu usei por muito tempo um pad emborrachado se você não encontrar esses “Pad’s” nas revendas de instrumentos encontradas em todo país, você pode pegar uma havaiana velha, retirar as tiras e pronto, você terá um Pad emborrachado que irá te dar o rebote que você precisa para treinar certos rudimentos

POSTURA - Você deverá gastar algum tempo para ajustar o banco e a caixa numa posição confortável para você, de forma que permita que seus braços e ombros fiquem completamente relaxados e sua coluna reta. Na hora de comprar seu banquinho, não economize dinheiro. Escolha um modelo que ofereça maiores opções de regulagem. Não use cadeiras! As cadeiras são geralmente muito baixas e não permitem uma posição confortável da coluna (evite lesões e esforços desnecessários!)

REBOTE - Vamos aprender o conceito de rebote (Rebound Strokes). Veja um exemplo: Se você jogar uma bola de "ping-pong" no chão ou numa mesa, ela vai completar uma série de "pulos", até que perca a força e para sustentar o movimento da bola, temos que bater nela novamente. Na bateria, a "pele" do instrumento se encarrega de fazer o rebote (retorno da baqueta). Quanto mais forte você golpear a pele, mais alto será o retorno da baqueta. Bora fazer uma experiência? Mantenha sua mão direita aberta e com os músculos relaxados. Agora faça um movimento para os lados como se estivesse dando "tchau". Faça o mesmo movimento, porém, com a mão fechada. Perceba como o movimento ficou "duro", tenso. Quanto mais tensão você aplicar, mais lentos serão os movimentos e consequentemente as batidas (notas). Permaneça relaxado e use os movimentos dos pulsos e dedos, não dos braços. Estudaremos esses movimentos mais adiante.

POSIÇÃO CORRETA DOS DEDOS PARA SEGURAR A BAQUETA

É importante uma posição correta dos dedos, pulsos, antebraços e braços ao segurar a baqueta; para conseguirmos controlar o rebote e aplicarmos os movimentos de upstroke, downstroke e tap, assim como o flam e todos os outros movimentos usados na execução da bateria.

Upstroke - O upstroke é responsável pela fluência natural dos braços e pulsos quando tocamos os acentos. Para tocar o upstroke, comece com a baqueta mais ou menos 2 centímetros acima da pele. Quando você toca uma nota suave, o pulso desce levemente. Continue o movimento do braço e traga a baqueta na altura do ombro, este é o upstroke completo.

Downstroke - Levante a baqueta na altura do ombro, mas mantenha o antebraço próximo ao corpo. Agora toque na caixa, apertando um pouco a baqueta na hora do impacto. A baqueta deve parar não mais que 2 centímetros acima da pele. Enquanto você pratica esse exercício, pense em dois movimentos separados: o downstroke e o movimento de levantar a baqueta.


1º passo - segure a baqueta com o polegar e o indicador. Cada modelo de baqueta possui peso e dimensões diferentes. Por isso você deve descobrir o "ponto de equilíbrio" da baqueta, tocando na caixa e procurando obter o maior número de rebotes possível.

2º passo - agora feche a mão, fazendo com que os três dedos restantes encostem na baqueta sem agarrá-la. Apertar demasiadamente a baqueta apenas provoca tensão, o que trará dificuldades ao tocar os rulos e notas fantasma.

3º passo - para a mão esquerda simplesmente repita os mesmos conceitos da mão direita.

Agora, coloque a ponta das duas baquetas no centro da pele. Deixe a palma das mãos para baixo. Assim, as baquetas formarão um ângulo de 90°. Lembre-se de deixar os pulsos, braços e ombros totalmente relaxados.

Procure tocar todas as notas no centro da pele, isso fará com que as duas mãos "tirem" o mesmo som do instrumento. Note que cada ponto da pele produz um som diferente - quanto mais próximo ao aro, mais fraco é o som.

Verifique a "pegada" em vários ângulos:


Irei Postar mais informações em Breve aguardem!! Obrigado


terça-feira, 18 de setembro de 2012

HISTÓRIA DA BATERIA

A Origem da Bateria (DrumSet, em inglês)


O conceito da percursão é bastante antigo, a classificação oficial para este instrumento encaixa na categoria dos MEMBRAFONES, ou um instrumento que cria som através de uma pancada deferida por um objeto normalmente de ponta redonda sobre uma membrana esticada no corpo da mesma.


Usarmos aqui o termo bateria não é o ideal visto que antigamente a mesma não existia com o mesmo formato que vemos hoje.


Um bombo, timbalão ou tarola consiste num corpo, normalmente de madeira, uma membrana esticada sobre os dois lados do corpo, umas chaves que que de acordo com o aperto soltam ou esticam a membrana contra o corpo e dai irá provocar diferentes tonalidades de sons.



Os primeiros registros existentes  de algo parecido com esta descrição remontam a 6000 A.C. onde em algumas escavações feitas na Antiga Mesopotâmia trouxeram à luz do dia pequenos tambores cilíndricos datados de 3000 A.C. Muitas pinturas rupestres encontradas em grutas no Perú mostram bombos e tambores usados nas mais variadas actividades sociais da época. Este instrumento nem sempre foi usado exclusivamente para fazer música, mas também como forma de comunicação.

A Origem da bateria como é vista nos dias de hoje

No final do século XVIII (18) os bombos eram usados em New Orleans nas “marching bands”, eram de diferentes tamanhos e afinados em diferentes tonalidades. Chegou-se à brilhante conclusão que um homem poderia tocar mais do que um instrumento e então adicionaram-se os timbalões e os pratos.

Os primeiros pratos datam de aproximadamente 2.000 a.C., no Oriente. O prato surgiu praticamente junto com a Idade do Bronze, e era mais um instrumento bélico utilizado para intimidar os inimigos do que propriamente um instrumento musical. A foto abaixo ao é de um prato grego datado de 500 a.C. Obviamente não eram instrumentos refinados como os atuais, e estavam mais para gongos que para pratos. O prato com as características "modernas" surgiu aproximadamente no século XVII d.C. na região da Anatólia (hoje Turquia), voltado para o uso sacerdotal e bélico. A China por sua vez desenvolveu uma tecnologia própria para fabricação de seus gongos e pratos, paralelamente à tecnologia turca. O Ocidente assimilou as duas tecnologias e atualmente são produzidos pratos de todos os tipos com todas as tecnologias. Hoje em dia é muito fácil encontrar "Chinas" turcos e Rides chineses no mercado.









Em 1919 o baterista William F. Ludwing Sr. (1879-1973) “imagem abaixo”, construiu o primeiro pedal de bumbo, essa foi a primeira grande invenção neste instrumento.




Por volta dos anos 30 o Kit de bateria Standart, como o conhecemos hoje começava a tomar forma, consistia num bombo com pedal, tarola, timbalões, prato de choque e uns enormes pratos suspensos;

Já nessa altura a Zildjian era a primeira marca registada no mundo dos instrumentos musicais. Conta-se também uma versão que diz que apareceu a primeira vez num dia em que faltaram dois músicos (o que tocava caixa/tarola e o que tocava pratos) e que o “bombista” de serviço se ofereceu para tocar tudo ao mesmo tempo… a lenda continua viva. (Ed: lol) Seguiu-se a evolução natural, com o aparecimento dos primeiros mestres da bateria como Jo Jones (1911-1985)...




...e o grande Gene Kupra (1909-1973),...





                                                          (Bateria usada por Gene Kupra) 


...eles foram pedindo mais e melhor, apareceram os timbalões maiores e um de chão, os suportes para os pratos que até então estavam ligados ao bombo e pedais mais rápidos.

Por volta dos anos 40 com o aparecimento do estilo Bebop com nomes como Dizzy Gillespie e Charlie Parker, o estilo em si era mais rápido e exigia um conceito rítmico mais melódico e independente. As baterias começaram a ser mais pequenas, mas os pratos eram maiores.

Nos anos 50 surgem duas inovações, o baterista Louie Bellson...





...adiciona ao seu kit normal um segundo bombo, o que permitia novas formas e tocar e acima de tudo um ritmo mais acelerado. 

Mas a mais importante foi o que dois amigos , Chick Evans e Remo Belli, descobriram! Juntos desenvolveram um tipo de plástico que substituía as peles naturais que até ai eram usadas, libertando os bateristas de um fardo terrível que eram as mudanças de temperatura que provocavam desafinações quase constantes. Por esta altura começaram a ganhar bastante reconhecimento como músicos e também surgiu uma moda que durou anos que eram as Drum Battles!



Nos finais dos anos 60 apareceram os bateristas de Rock que voltavam a querer Kit’s de bateria maiores e mais potentes, bateristas como John Bonham e Keith Moon mudavam a afinação das baterias para um registo mais grave e usavam também bombos e timbalões grandes.





Nos anos 80 passou-se houve uma fase de exagero e as baterias eram muito maiores com vários recursos tambores, pratos de todas as medidas.






Desde então tem ocorrido algumas modificações nos kit’s de bateria.

Texto: Helquias Carvalho