terça-feira, 18 de setembro de 2012

HISTÓRIA DA BATERIA

A Origem da Bateria (DrumSet, em inglês)


O conceito da percursão é bastante antigo, a classificação oficial para este instrumento encaixa na categoria dos MEMBRAFONES, ou um instrumento que cria som através de uma pancada deferida por um objeto normalmente de ponta redonda sobre uma membrana esticada no corpo da mesma.


Usarmos aqui o termo bateria não é o ideal visto que antigamente a mesma não existia com o mesmo formato que vemos hoje.


Um bombo, timbalão ou tarola consiste num corpo, normalmente de madeira, uma membrana esticada sobre os dois lados do corpo, umas chaves que que de acordo com o aperto soltam ou esticam a membrana contra o corpo e dai irá provocar diferentes tonalidades de sons.



Os primeiros registros existentes  de algo parecido com esta descrição remontam a 6000 A.C. onde em algumas escavações feitas na Antiga Mesopotâmia trouxeram à luz do dia pequenos tambores cilíndricos datados de 3000 A.C. Muitas pinturas rupestres encontradas em grutas no Perú mostram bombos e tambores usados nas mais variadas actividades sociais da época. Este instrumento nem sempre foi usado exclusivamente para fazer música, mas também como forma de comunicação.

A Origem da bateria como é vista nos dias de hoje

No final do século XVIII (18) os bombos eram usados em New Orleans nas “marching bands”, eram de diferentes tamanhos e afinados em diferentes tonalidades. Chegou-se à brilhante conclusão que um homem poderia tocar mais do que um instrumento e então adicionaram-se os timbalões e os pratos.

Os primeiros pratos datam de aproximadamente 2.000 a.C., no Oriente. O prato surgiu praticamente junto com a Idade do Bronze, e era mais um instrumento bélico utilizado para intimidar os inimigos do que propriamente um instrumento musical. A foto abaixo ao é de um prato grego datado de 500 a.C. Obviamente não eram instrumentos refinados como os atuais, e estavam mais para gongos que para pratos. O prato com as características "modernas" surgiu aproximadamente no século XVII d.C. na região da Anatólia (hoje Turquia), voltado para o uso sacerdotal e bélico. A China por sua vez desenvolveu uma tecnologia própria para fabricação de seus gongos e pratos, paralelamente à tecnologia turca. O Ocidente assimilou as duas tecnologias e atualmente são produzidos pratos de todos os tipos com todas as tecnologias. Hoje em dia é muito fácil encontrar "Chinas" turcos e Rides chineses no mercado.









Em 1919 o baterista William F. Ludwing Sr. (1879-1973) “imagem abaixo”, construiu o primeiro pedal de bumbo, essa foi a primeira grande invenção neste instrumento.




Por volta dos anos 30 o Kit de bateria Standart, como o conhecemos hoje começava a tomar forma, consistia num bombo com pedal, tarola, timbalões, prato de choque e uns enormes pratos suspensos;

Já nessa altura a Zildjian era a primeira marca registada no mundo dos instrumentos musicais. Conta-se também uma versão que diz que apareceu a primeira vez num dia em que faltaram dois músicos (o que tocava caixa/tarola e o que tocava pratos) e que o “bombista” de serviço se ofereceu para tocar tudo ao mesmo tempo… a lenda continua viva. (Ed: lol) Seguiu-se a evolução natural, com o aparecimento dos primeiros mestres da bateria como Jo Jones (1911-1985)...




...e o grande Gene Kupra (1909-1973),...





                                                          (Bateria usada por Gene Kupra) 


...eles foram pedindo mais e melhor, apareceram os timbalões maiores e um de chão, os suportes para os pratos que até então estavam ligados ao bombo e pedais mais rápidos.

Por volta dos anos 40 com o aparecimento do estilo Bebop com nomes como Dizzy Gillespie e Charlie Parker, o estilo em si era mais rápido e exigia um conceito rítmico mais melódico e independente. As baterias começaram a ser mais pequenas, mas os pratos eram maiores.

Nos anos 50 surgem duas inovações, o baterista Louie Bellson...





...adiciona ao seu kit normal um segundo bombo, o que permitia novas formas e tocar e acima de tudo um ritmo mais acelerado. 

Mas a mais importante foi o que dois amigos , Chick Evans e Remo Belli, descobriram! Juntos desenvolveram um tipo de plástico que substituía as peles naturais que até ai eram usadas, libertando os bateristas de um fardo terrível que eram as mudanças de temperatura que provocavam desafinações quase constantes. Por esta altura começaram a ganhar bastante reconhecimento como músicos e também surgiu uma moda que durou anos que eram as Drum Battles!



Nos finais dos anos 60 apareceram os bateristas de Rock que voltavam a querer Kit’s de bateria maiores e mais potentes, bateristas como John Bonham e Keith Moon mudavam a afinação das baterias para um registo mais grave e usavam também bombos e timbalões grandes.





Nos anos 80 passou-se houve uma fase de exagero e as baterias eram muito maiores com vários recursos tambores, pratos de todas as medidas.






Desde então tem ocorrido algumas modificações nos kit’s de bateria.

Texto: Helquias Carvalho

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