O conceito da percursão é bastante antigo, a
classificação oficial para este instrumento encaixa na categoria dos
MEMBRAFONES, ou um instrumento que cria som através de uma pancada deferida por
um objeto normalmente de ponta redonda sobre uma membrana esticada no corpo da
mesma.
Usarmos aqui o
termo bateria não é o ideal visto que antigamente a mesma não existia com o mesmo
formato que vemos hoje.
Um bombo, timbalão ou tarola consiste num corpo,
normalmente de madeira, uma membrana esticada sobre os dois lados do corpo,
umas chaves que que de acordo com o aperto soltam ou esticam a membrana contra
o corpo e dai irá provocar diferentes tonalidades de sons.
Os primeiros registros existentes de algo parecido com esta descrição remontam a
6000 A.C. onde em algumas escavações feitas na Antiga Mesopotâmia trouxeram à
luz do dia pequenos tambores cilíndricos datados de 3000 A.C. Muitas pinturas
rupestres encontradas em grutas no Perú mostram bombos e tambores usados nas
mais variadas actividades sociais da época. Este instrumento nem sempre foi
usado exclusivamente para fazer música, mas também como forma de comunicação.
A
Origem da bateria como é vista nos dias de hoje
No
final do século XVIII (18) os bombos eram usados em New Orleans nas “marching
bands”, eram de diferentes tamanhos e afinados em diferentes tonalidades.
Chegou-se à brilhante conclusão que um homem poderia tocar mais do que um
instrumento e então adicionaram-se os timbalões e os pratos.
Os primeiros pratos datam de aproximadamente 2.000 a.C., no Oriente. O prato surgiu praticamente junto com a Idade do Bronze, e era mais um instrumento bélico utilizado para intimidar os inimigos do que propriamente um instrumento musical. A foto abaixo ao é de um prato grego datado de 500 a.C. Obviamente não eram instrumentos refinados como os atuais, e estavam mais para gongos que para pratos. O prato com as características "modernas" surgiu aproximadamente no século XVII d.C. na região da Anatólia (hoje Turquia), voltado para o uso sacerdotal e bélico. A China por sua vez desenvolveu uma tecnologia própria para fabricação de seus gongos e pratos, paralelamente à tecnologia turca. O Ocidente assimilou as duas tecnologias e atualmente são produzidos pratos de todos os tipos com todas as tecnologias. Hoje em dia é muito fácil encontrar "Chinas" turcos e Rides chineses no mercado.
Em 1919 o baterista William F. Ludwing Sr.
(1879-1973) “imagem abaixo”, construiu o primeiro pedal de bumbo, essa foi a
primeira grande invenção neste instrumento.
Por
volta dos anos 30 o Kit de bateria Standart, como o conhecemos hoje começava a
tomar forma, consistia num bombo com pedal, tarola, timbalões, prato de choque
e uns enormes pratos suspensos;
Já nessa altura a Zildjian era a primeira marca
registada no mundo dos instrumentos musicais. Conta-se também uma versão que
diz que apareceu a primeira vez num dia em que faltaram dois músicos (o que
tocava caixa/tarola e o que tocava pratos) e que o “bombista” de serviço se
ofereceu para tocar tudo ao mesmo tempo… a lenda continua viva. (Ed: lol) Seguiu-se a
evolução natural, com o aparecimento dos primeiros mestres da bateria como Jo
Jones (1911-1985)...
...e o grande Gene Kupra (1909-1973),...
(Bateria usada por Gene Kupra)
...eles
foram pedindo mais e melhor, apareceram os timbalões maiores e um de chão, os
suportes para os pratos que até então estavam ligados ao bombo e pedais mais
rápidos.
Nos anos 50 surgem duas inovações, o baterista Louie Bellson...
...adiciona
ao seu kit normal um segundo bombo, o que permitia novas formas e tocar e acima
de tudo um ritmo mais acelerado.
Nos finais dos anos 60 apareceram os bateristas
de Rock que voltavam a querer Kit’s de bateria maiores e mais potentes,
bateristas como John Bonham e Keith Moon mudavam a afinação das baterias para
um registo mais grave e usavam também bombos e timbalões grandes.
Nos anos 80 passou-se houve uma fase de exagero e as
baterias eram muito maiores com vários recursos tambores, pratos de todas as
medidas.
Desde então tem ocorrido algumas modificações nos kit’s de bateria.
Texto:
Helquias Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário